Anualmente, nosso país gera uma quantidade notável de material plástico pós-consumo, que abrange desde produtos de limpeza até embalagens/potes de alimentos. No entanto, há um desafio significativo em reutilizá-los de maneira que o aparente resíduo possa ser convertido em uma valiosa fonte de matéria-prima.

Especificamente, uma parte dos plásticos reciclados demonstra potencial considerável para produzir resinas recicladas que concorrem em qualidade com as resinas virgens, destacando-se o Polietileno e o Polipropileno. Estes materiais pós-consumo são utilizados em nosso processo e protótipos para a criação de uma nova resina reciclada melhorada.

Um dos principais desafios no processo de reciclagem plástica no contexto brasileiro é a mistura de materiais plásticos semelhantes. Ao contrário de países desenvolvidos, onde existem instalações de separação automatizada sofisticadas para plásticos pós-consumo, no Brasil, a reciclagem do Polietileno (PE) e do Polipropileno (PP), que são os principais componentes da fração plástica pós-consumo, é dividida em duas categorias: resíduos de alta qualidade (originados da indústria de beneficiamento plástico) e resíduos de baixo valor agregado (gerados pelo consumo urbano). A qualidade inferior do plástico reciclado está diretamente relacionada à eficácia da etapa de prévia separação das classes dos materiais plásticos, o que resulta em aplicações de menor valor.

Nossa tecnologia implica na produção de aditivos químicos à base de minerais, que são incorporados ao plástico pós-consumo dessa fração. Isso elimina a necessidade de um processo de separação e limpeza altamente eficiente. A composição é então submetida ao processo de extrusão, semelhante à reciclagem tradicional, resultando em uma resina granulada. Esse material pode ser usado em uma variedade de aplicações onde normalmente se utilizaria resina virgem.